sexta-feira, 14 de maio de 2010

A vez da Capoeira



“Capoeira é um diálogo de corpos, eu venço quando o meu parceiro não tem mais respostas para as minhas perguntas”


Mestre Moraes.



Trata-se de uma expressão cultural que mescla dança, cultura popular, música e luta trazida por escravos africanos e seus descendentes. Distingue-se de outras artes marciais pela presença da música e do uso de ‘instrumentos’. Golpes e ágeis movimentos fazem parte da luta que utiliza quase todas as partes do corpo em tamanha harmonia que lembra uma dança.


Sua entrada no Brasil passou por grandes percalços, até que em uma apresentação a Getúlio Vargas da capoeira com caráter mais esportivo o seu percurso seguiu mais livremente. Foi na Bahia que a capoeira encontrou maior terreno e pode manter suas tradições, graças principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha, que jogou Capoeira até os 79 anos, formando gerações de angoleiros.


Neste diálogo de corpos realizados sobre a benção do berimbau e coreografado por um balé de perguntas e respostas corporais. Inicialmente a capoeira foi desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. De lá para cá, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que lembrasse uma dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência.



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